rhatto: psywar*

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  1. Panelaços não mais acontecem porque simplesmente o contexto passou (como uma “ola” em um estádio) e a logística da guerra híbrida deixou em stand by essa ação de marketing. Enquanto a esquerda ideologiza, a direita é pragmática – quando quer, a qualquer momento, liga o motor da espiral do silêncio.

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    Perdido em um portal de notícias, a edificante história de um ex-executivo, gerente de Recursos Humanos de várias empresas, que vive há um ano meio na ruas do Rio de Janeiro sem dinheiro para pagar aluguel. Perdeu o emprego em 2015 e hoje dorme em frente ao aeroporto Santos Dumont e deixa seus pertences em uma agência bancária na qual tem conta

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    Segundo o texto, o ex-executivo acredita “que isso é algo passageiro e se esforça para não deixar a peteca cair” e diz preferir “ficar isolado porque se me juntar com outros sem-teto posso conviver com coisas como drogas e sujeira”. E ainda descreve que ele “tem perfil no Facebook onde aparece de terno e gravata”.

    O texto é um primor de narratologia que lembra a chamada Morfologia do Conto Maravilhoso do pesquisador Vladimir Propp (1895-1970): a separação brutal (crise, desemprego), morte simbólica (ex-executivo sem-teto) e renascimento simbólico (não deixar a “peteca cair” – “faz exercícios físicos, lê em cafés e livrarias”, não se deixar contaminar por “drogas e sujeira” etc.).

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    Em meio às notícias diárias da extinção de farmácias populares e de hospitais públicos fechando setores como maternidade ou pronto-socorro por falta de insumos hospitalares mais básicos, eis que a atenta teledramaturgia da TV Globo entra em ação com a sua estratégia semiótica de sempre pontuar as mazelas nacionais com a ficção televisiva.

    Com a minissérie Sob Pressão, a emissora transforma a atual crise que gera milhões de desempregados e desmanche da saúde pública em thriller hospitalar.

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    Esses três pequenos exemplos são apenas amostras do alcance da atual guerra híbrida. Ela é insidiosa porque paradoxalmente não nega a realidade. A guerra híbrida não censura ou mente: ela mostra a realidade, porém sob a narrativa ficcional que se transformam em mitologias que esvaziam a História e despolitiza o debate. O Cinegnose chama isso de “bombas semióticas”.
    https://cinegnose.blogspot.com.br/201...idaticos-casos-de-guerra-hibrida.html
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  2. -
    https://medium.com/insurge-intelligen...-800-movies-and-tv-shows-36433107c307
    Tags: , , , , by rhatto (2017-07-06) | Cache | Permalink
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  3. “One of the things that makes us human is we can decide what stays in our mind and what comes from our mouth.”
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    “If it’s subconscious, you don’t have conscious control over what information companies get about you … so you could be targeted for ads for things you don’t even realize that you like.”
    https://theintercept.com/2017/05/22/f...our-brain-activity-for-advertisements
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    http://www1.folha.uol.com.br/tec/2017...voce-e-por-que-quer-saber-tanto.shtml
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  5. O filósofo sul-coreano Byung-Chull Han, atualmente professor da Universidade de Berlim, é um desses portões de acesso capaz de nos levar a outras camadas de reflexão sobre o “Baleia Azul”.

    Para ele, a sociedade de desempenho (que substitui a sociedade disciplinar) prima pelo excesso de positividade. Somos teleguiados pela lógica do excesso (super-comunicação, super-rendimento, super-produção), que nos quer sempre ocupados, respondendo aos estímulos que não param de nos cortejar frente às telas, agora ubíquas.

    Nesta sociedade de desempenho, devemos ser designs de nosso próprio destino, gestores e gerentes de nossa vida e realidade, estar em perpétua atividade, a tal ponto de sermos designados como seres multitarefa.

    Hipervisibilizamos tudo ou quase tudo que fazemos e experimentamos, sempre açulados pelos comandos de uma máquina (olha a que pode nos levar as perguntas “inocentes” do facebook: o que você está fazendo/pensando?).

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    Comentei em outro artigo, por ocasião da febre do Pokemon Go (curiosamente outro jogo), que os aparelhos nunca desligam porque precisam oferecer não somente o que desejamos, mas também precisam dizer o que desejamos, demonstrando possuir um saber sobre o nosso desejo.

    Talvez resida aí, nesse esquadrinhamento dos desejos, umas das chaves explicativas para a adesão ao jogo da morte. Jovens precisam desenhar utopicamente o horizonte dos seus desejos (não é à toa que uma das palavras de ordem do movimento estudantil de maio de 1968 foi “Sejamos realistas, peçamos o impossível”).

    Quando as máquinas exercem essa tarefa por nós, nos esvaziamos de fantasias, recurso que sustenta o desejo, e um sujeito esvaziado de fantasia, ensina a psicanálise, é um sujeito débil para a produção de laço social.

    Do excesso de onde parece não caber mais nada, que não oferece brechas (brechas são o que define a arte, diria Walter Benjamim), instala-se o vazio que se vê preenchido por um acúmulo de distopias, as antiutopias que nos instalam em lugar ou estado imaginário em condições de extrema opressão, desespero ou privação.

    Sabe-se que as tecnologias não inauguram esses estados de distopia, mas elas os reconfiguram ensaiando alguns traços inéditos. E, ao que parece, são esses traços que vem alimentando uma plataforma de vida assaz pesada que limita, ou até mesmo interdita, os voos das asas da nossa imaginação para outros lugares não pontuados pelas regras do super-rendimento e da hiperprodutividade.
    https://www.cartacapital.com.br/socie...ia-azul201d-e-as-tecnologias-da-morte
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  6. -
    http://www.economist.com/news/science...uth-imitating-peoples-speech-patterns
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    http://yogui.co/10-estrategias-de-man...sa-utilizadas-diariamente-contra-voce
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    http://www.syti.net/Manipulations.html
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  9. "Isso não é culpa minha. Não construí a bomba. Eu só mostrei que ela existe."
    http://outraspalavras.net/destaques/b...-data-toda-democracia-sera-manipulada
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  10. -
    http://www.bloomberg.com/features/2016-how-to-hack-an-election
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