Diário da Ocupação
Vigésimo Dia
Sexta-Feira amanheceu com o céu limpo, estava um friozinho, mas era porque o horário de verão não permitiu que o Sol nascesse no horário certo. Uma turma de Tai Chi Chuan, não promovida por nós, se encontrou de manhazinha para praticar, mas o que chamou atenção foi a caixinha de som que eles usaram, era pequenininha, parecia artesanal, não tinha fio e produzia um som altíssimo. Assim que acabou a aula, fui perguntar para o dono da caixa de som onde que ele a descolou. O próprio sujeito tinha feito a caixa, comprou as peças, arrumou uma caixa de madeira, uma bateria, um amplificador e conectou com o seu celular. Achamos que um aparelho assim poderia ser bem útil, e pedimos para ele voltar pra conversar com alguem que entende do assunto que está no acampamento.
Recebemos a visita de uma integrante da ocupação de Salvador. Era uma professora que demonstrava muita esperança no movimento e ficou muito feliz de ver a estrutura do nosso acampamento e nossa ideias. Discutimos as dificuldades que enfrentamos, os planos para o futuro, trocamos endereços eletrônicos e percebemos que BH e Salvador estão num estágio bem parecido e que precisamos de mais interação entre as duas cidades.
Fomos buscar em Sete Lagoas a doação de mais de trezentos livros para a nossa biblioteca, romances, biografias, livros didáticos… nossa biblioteca agora já tem uma boa base, somado aos livros que já tínhamos.
A noite rolou a apresentação da simpatíssima violonista Gabi, seu repertório alternou mpb, rock, músicas próprias e até música japonesa. O clima estava ótimo, a roda foi incrementada pelas crianças e curiosos que passavam.
Mais uma ideia pra oficina surgiu, conseguimos material de malabares e aulas de circo estão programadas para começar em breve.
As onze da noite foi realizado uma assembléia