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"Zé do Caixão Arranha as Meninas"
............99 99 99 99 99 69 69 Sexjournal, setembro/97


...........A produtora Nacional Brazil andou pesquisando. Alemanha, EUA, chegou à conclusão de que o Zé do Caixão é mesmo um grande sucesso fora do Brasil. Aqui não é tanto. Os filmes só passam em mostras ou na Cinemateca, e em sessões trash da TV. Agora isso vai mudar. O diretor José Mojica Marins e suas imensas unhas dirigem a série O Estranho Mundo de Zé do Caixão, com 12 episódios. Devia se chamar O Mundo Erótico de Zé do Caixão, porque vai ter sexo.
.........-Minhas fitas estão indo pra Alemanha, Itália, França, Espanha; estão se espalhando pra todo lado. Nos EUA, a coisa está pegando fogo afirma o diretor.
...........A TV européia também está interessada. Há três anos, o diretor e produtor Roger Corman, um papa do terror, grande admirador dos filmes do Zé do Caixão (Joe Coffin nos EUA), esteve no Brasil e trocou as figurinhas com Mojica. Talvez seja essa a oportunidade que o nosso diretor esperava para retomar o ciclo perdido de seus fimes no Brasil. Há mais de cinco anos acalenta o projeto Brasil Collorido, terror desesperado, cruel, causado pelo ex-presidente Fernando Collor... Provavelmente os tiranos continuam em pauta e aprontando. Enquanto espera, Zé do Caixão envolve-se com as meninas...
...........-O Terror não tem época. Sempre teve seguidores, e sempre vai ter seguidores, isso não mudou. Quanto mais vai chegando perto do Ano 2000, mais seguidores vão aparecendo. O Mal e o Bem, Positivo e Negativo, o Preto e o Branco, queira ou não, são essas as duas partes de uma composição. Se você trabalhar numa fita só com homens, eu acho que ela perde. Houve o caso das fitas de guerra. Até porque é mais um problema político, elas conseguiram atrair público, mas não pegavam aquele público feminino. Parece que o público feminino também não gosta de ver uma fita só com homem. Então, a gente tem sempre que pôr, pelo menos no Terror, a Bela a Fera...
...........Quanto ao sexo, propriamente, maior interesse da produtora, especializada em vídeos eróticos, e também nosso, é preciso dizer que já se foram as horas de sexo explícito. Nos anos 80, na Grande Crise do Cinema Nacional, Zé do Caixão foi parar nas salas pornôs com os filmes da série 48 Horas de Sexo Explícito. Agora, Mojica aborda o erotismo, mas sem apelações.



....Como vem esse estranho mundo erótico do Zé do Caixão?

....O terror só passa a ser Terror se você sente uma menina bonita, frágil... olhares, jeito... de longe, numa ação, a câmera perseguindo, nossa! Aquilo é que faz você vibrar, a querer salvar e uma série de coisas! Para quem é, praticamente, um sado-masoquista, vai querer ver a moça morta, rasgada. Mas um ser normal, ele quer entrar na tela, quer salvar, e vai sentir essas emoções. Dentro de toda essa corrida da moça bonita, algumas partes serão bastante eróticas, mas é um erotismo, que eu diria conscientizado, mais resguardado. Hoje você pegar uma pessoa, pá, e mostrar nua, perdeu a coisa. Quando você pega um pé, na cena, e de repente descobre só um pedaço da roupa da moça, isso fica muito mais sexy. Se você mostra, num jogo de sombra, ela nua, a iluminação, ela atravessando a luz e aparecendo uma parte do seio, aquela coisa toda, aquilo tem o seu tempo. Se é pra lhe mostrar que quer lhe mostrar, perdeu a graça. Agora, ela tentando se resguardar e você tendo o privilégio de ver aquilo que ela está resguardando

.......

Seus filmes de sexo explícito eram ótimos. No meio de toda putaria, o terror cavernoso do Zé do Caixão se mantinha.

...........Eu estou trazendo um erotismo diferente. Nós chegamos ao ponto que hoje tem valor o cara que conseguir vestir uma mulher. No passado, o valor era de quem despia uma mulher, ele era um grande herói. Hoje o herói é um homem fazer a mulher estar vestida. Ela acabou gostando de ficar pelada... Então quando ela vem perguntando “e eu não vou ficar pelada?”, aí não, eu digo, você vai ficar assim, as duas... O que eu quero é resguardar. Queira ou não, pô, o que tem de mulher que a conversa é “úúú, não sei o quê... como é que eu faço pra sair na Playboy?” E de repente, já sai com você, já vai mostrando... Perde-se o valor daquele resguardo. O grande valor de uma fita hoje é você sentir que o espectador está como aquele vendedor aqui do lado: o espectador pega o binóculo e vê aquilo que ela tanto resguarda. É por esse lado que eu vou. É mais erotismo e mexe muito mais com a Imaginação, deixa a sua mente viajar e imaginar mil e uma coisa.

Como serão os episódios?

. . Vamos fazer a série, né? Serão contadas várias histórias. A primeira já está definida. É A Gaúcha e o Diabo, uma história que o pessoal do Sul mandou. A gente achou muito bacana.

......

Vai ter sexo normal, sexo animal, homossexual?

...........Não, essas partes é como eu falei. Elas devem entrar, mas será sempre algo mais sugestivo. Se pintar um sexo animal, vai ser mesmo a nível de sombra e luz...

Mas todos esses temas poderão ser abordados, não?

...........Tudo pode ser abordado, mas sem mostrar. Deixar que a mente veja, quer dizer, que os olhos da mente passem da mesma maneira que ele quer ver. Então, dependendo da índole do cara, ele vai ver de uma maneira, ou de outra.

Mudando de assunto, o senhor é casado?

...........Sou casado, aliás, sou divorciado, viúvo duas vezes. Tenho sete filhos, ham?, o número 7 é cabalístico. Meu último casamento não deu certo, nos separamos, e eu agora estou noivo...

E o amor é...

...........Olha, eu acho que é o seguinte. O amor é a coisa mais bonita do mundo. Queira ou não, é a força do Bem que impera. Mas mesmo assim, quando está longe e tal, acho que há um tempo pra tudo, para saber que tudo está certinho no seu lugar. Até uma determinada idade, o homem deveria... até os 33 anos, pra completar bem a idade de Cristo, que é um aspecto místico, né, ele vai amadurecendo. O amadurecimento, na realidade, só vem depois dos 40.

 

Aí o homem se torna o quê, um grande amante?

...........Aí ele sabe distinguir as coisas para ser um amante. Passa a ver o que pode realmente satisfazer uma mulher, ele passa a entender... a vida já ensinou tudo a ele.

As mulheres fantasiam com o seu personagem, as suas unhas?

...........Elas sabem que é um personagem, mas há essa coisa do sado-masoquismo, a fulana querer aquela unha nas costas, ser acariciada... a mulher que gosta de ter uma transa dentro de um caixão. Faz parte do mundo, o sadismo, o masoquismo.

Tem alguma transa esquísita na sua memória?

...........Não, eu sempre deixei a mulher viajar no que ela quer, mas nunca me envolvi numa relação anormal...

Bem, eu queria dizer uma transa infernal, teve alguma? E qual foi a celestial?

...........Ora... Acho que a celestial foi quando... bem, eu tinha relacionamento com mulheres já vividas, que a gente não tem mais uma responsabilidade. A responsabilidade de ter uma mulher que nunca tinha passado por homem nenhum, e você ter essa noite com ela, saber que ela se entregará a você, ela que nunca pertenceu a homem nenhum, essa pra mim foi a transa celestial...

Quando aconteceu?

...........A circunstância realmente foi após o casamento, aquilo que nós chamamos a lua-de-mel. A primeira noite na lua-de-mel... isso foi em 1957. Agora houve uma transa absurda, com a mulher na cama, e de repente ela falar: “Eu quero que você se vista de Zé do Caixão!” Não vou citar o nome porque hoje não temos nada mais, não quero complicá-la, né, mas foi assim... “Eu agora quero que você faça comigo o que você faz com as mulheres do Zé do Caixão”.

E o senhor?

Aquilo me assustou, porque eu não estava interpretando. Eu estava vivendo um momento sensual, um momento de amor... Eu falei: o Zé não faz esse tipo de sexo, ele não parte pra isso... Mas quando ele encontra uma mulher que realmente não presta (aí eu assustei mesmo ela), pronto, acabou pra essa mulher, ele mata.
Por coincidência eu tinha um punhal que me acompanhava muito, um punhal de prata... E continuei: e já que ele não aceita quem ele diz que não presta, que ele quer ver no meio da terra, já que eu entrei no Zé, eu vou acabar com você... E ela: “Pelo amor de Deus, pelo amor de Deus, tira essa roupa”. Até hoje essa mulher não consegue mais assistir a um filme do Zé do Caixão...


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