TRANSCRIÇÃO DA 1ª CARTA DIRIGIDA AO EX-MINISTRO DA JUSTIÇA DR. PAULO BROSSARD EM 14/OUT/1988, REGISTRADA NO 1º CARTÓRIO DE REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS. AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DA JUSTIÇA PAULO BROSSARD. OS ESCÂNDALOS, PERSEGUIÇÕES E INJUSTIÇAS DE POLICIAIS FEDERAIS. Não posso e não devo ficar calado. Sou um homem respeitado e admirado, internacionalmente, inclusive. Sou um brasileiro fanático, naturalizado, ha 35 anos no Brasil. Sou um responsável de 62 anos, e não devo ceder as pressões de corruptos e inimigos da sociedade. Orgulho-me de ser um homem de muito moral, e de muita coragem, não posso ficar calado, e aceitar as constantes perseguições da Polícia Federal, e mais precisamente do superintendente regional de São Paulo MARCO ANTÔNIO VERONEZZI que, além da referida perseguição, tem influenciando a imprensa não divulgar minhas entrevistas e meus esclarecimentos, mas transformando a verdade dentro dos interesses da sua trama. Fui um grande amigo e colaborador, tanto dele como do diretor geral do DPF ROMEU TUMA, para que um dia ambos me recompensassem com a acusação de contrabandista e me prenderem sem o menor escrúpulo. Prestei serviços de rastreamento e detecção de escutas clandestinas, com os equipamentos que foram impiedosamente apreendidos. Tais como: Em gabinetes e residências de Juízes, Secretários de Estado, Palácios de Governos, inclusive o gabinete e sala de reuniões do Governador Orestes Quêrcia, em empresas estatais, órgãos de segurança, como também, na residência do Tuma e outras Autoridades Estatais e Federais, e ainda, o fiz graciosamente apesar de ser o único altamente especializado no Brasil. Contribui grandemente com os meus serviços e ajuda de amigos, para que TUMA chegasse a Diretor Geral do DPF em Brasília, apesar das oposições do ex-ministro da Justiça Dr. Fernando Lyra. Tanto TUMA como VERONEZZI, enganaram-me com as suas constantes solicitações: "GEORGES, AJUDE-ME A LIMPAR O DPF DOS CORRUPTOS". Foi a primeira areia jogada nos meus olhos, pois acreditei neles. Graças aos meus serviços científicos e tecnológicos, e não de informante, como constantemente VERONEZZI me divulga, tornei ROMEU TUMA o mocinho e o herói da maior FRAUDE da história do Brasil - "INAMPS" - mas ele preferiu torna-se CAÇADOR DE MANCHETES (Jornal do. Brasil 06/04/86) e limitar-se ao prémio ESSO DE PUBLICIDADE. Contribui largamente, com informações, provas, documentos, estratégias e investimentos da minha empresa SECRETEL, Serviço de Inteligência Científica Ltda., a desmantelar os serviços ilícitos de alguns de seus colaboradores que o rodeavam, para ganhar deles o: "DEUS LHE PAGUE", como sempre costuma dizer TUMA. A pedido constante de VERONEZZI, investi contra ANTÔNIO SAÍTO, ex-policial e informante, cuja especialidade era subornar delegados e agentes da Polícia Fazendária e outros órgãos e livrar TUMA e VERONEZZI de constantes ameaças de alto risco. Forneci â VERONEZZI provas gravadas, relatórios e documentos nos quais SAÍTO os acusava, e os ofendia moralmente, junto à outras autoridades Judiciais inclusive. Entreguei também à VERONEZZI provas concretas das acusações de SAÍTO junto com as minhas infiltrações nos esquemas ilícitos do mesmo, afim de documentar seus subornos à autoridades fazendárias. Estas infiltrações aos esquemas de SAÍTO, apesar de orientadas pelo próprio VERONEZZI, tinham o propósito de detectar os corruptos do DPF, conforme sempre me solicitava, pois nunca os punia, mas os transferia, ou os promovia à outros setores. SAÍTO investia grosso para se apoderar de documentos que provavam atos ilícitos de altas autoridades, como um documento do ex-vice-presidente da SEICHO-NO-IÊ do Brasil Sr. KIYOMITSU Takemoto, R.G. n.º 5.053.724 que acusa TUMA e outros delegados de responsáveis pelo contrabando de material eletrônico, como também inúmeras outras acusações contra VERONEZZI desde a época que era um, simples investigador do DEIC, até agora que é superintendente Regional do DPF. SAÍTO, acusava também inúmeros outros delegados do DPF com subornos, extorsões e outros contrabandos, praticados por delegados da equipe de TUMA. Outras acusações de SAÍTO, diziam: que inúmeros processos deixaram de ser cumpridos, apesar de comunicá-los pessoalmente ao TUMA, e que, delegados de sua equipe, abocanhavam milhões de dólares. Mantinha TUMA sempre informado e, principalmente VERONEZZI, sobre todas as acusações que SAÍTO, divulgava contra autoridades estaduais, federais e militares, como também os deixava cientes sobre todas as minhas articulações e infiltrações contra SAÍTO. VERONEZZI, sentia-se, com tais acusações, por demais comprometido, principalmente comigo. Só tinha uma escolha: Desmoralizar e destruir, tanto a mim como SAÍTO, nestes casos, ele colocaria até a própria mãe na cadeia. Iniciou pelo SAÍTO. "Industrializou" (forjou) um flagrante contra ele e o prendeu em 06/07/88 (vide Diário Popular de 07/07/88 "POLÍCIA FEDERAL PRENDE UM FALSO DELEGADO" enquadrando-o em sete Artigos do Código Penal, e o mandou para cadeia. Paralelamente, VERONEZZI me solicitava favorecê-lo com um depoimento pesado contra SAÍTO. Apôs um mês aproximadamente, surgia minha denúncia de SUBORNO DE UM MILHÃO DE DÓLARES de OTÁVIO CECCATO à Polícia Federal. Convidei VERONEZZI a meu escritório. Compareceu e sentou-se na mesma sala, onde inúmeras vezes lá esteve ao longo dos anos, e ate chegou a comer almoço frio inclusive. Exatamente o local que chamamos de show-room, onde sempre oferecemos seminários gratuitos à Órgãos de Segurança, presidentes de empresas e diretores de segurança e, apresentamos instruções, via vídeo, como prevenir e detectar as investidas da espionagem e que eram expostos todos os equipamentos de varreduras e contra-espionagem, nacionais e de procedência estrangeira que encontravam-se instalados, há muitos anos naquele setor, muitos dos quais foram trazidos por mim nas diversas viagens que, fazia ao exterior, dentro do limite estabelecido pela Receita Federal e que sempre haviam sidos liberados por ordens do próprio TUMA e VERONEZZI. Aqueles mesmos equipamentos que hoje encontram-se apreendidos, no DPF pelos mesmos, "premiando-me" com o título de contrabandista. Relatei a denúncia do suborno à VERONEZZI na presença da pessoa que me havia confidenciado a denúncia. Durante o encontro, em meu escritório, VERONEZZI, rejeitou a credibilidade da minha denúncia como também, defendeu e procurou inocentar CECCATO, atribuindo a culpa aos diretores da Distribuidora e Corretora BANESPA. Percebemos que VERONEZZI, ocultava grande preocupação e durante a reunião, inclusive gravada, repetia que a denúncia não tinha credibilidade. Com as denúncias de SAÍTO, VERONEZZI se encontrava exposto comigo, muito mais agora, que com a denúncia do SUBORNO DE UM MILHÃO DE DÓLARES, por parte de Otávio Ceccato à policiais federais para não ser identificado criminalmente, se sentiu totalmente desprotegido. Ele sabia, que eu sempre investi para denunciar casos de corrupção e suborno de policiais federais. Sabia, por experiência do passado, que irregularidades não guardo em memôria. Inverteu todas as regras do jogo utilizando-se de todos os recursos que o poder o privilegia e tramou a minha destruição moral mandando prender-me em flagrante como contrabandista dos equipamentos que possuía, cansado, ele mesmo ver, durante anos, em meu show-room, quase que diariamente. VERONEZZI que esta sob investigação de corrupção, pretendia com este flagrante, desviar a atenção da imprensa e da opinião pública, conforme noticiários, que reclama o seu afastamento da Superintendência Regional, para que os fatos possam ser apurados sem a sua nefasta influência. As equipes que participaram das diligências na minha empresa e na minha residência - nesta última dentro do horário que a lei proíbe, exclusivamente a procura de documentos e gravações que comprometiam VERONEZZI e delegados - desmontaram todas as minhas instalações profissionais, levando todo equipamento nacional e estrangeiro que fazia parte do imobilizado empresarial (devidamente registrados e documentados), apreendendo inclusive fitas, e documentos de outras denuncias de corrupção e extorsão na Secretaria da Fazenda que se encontravam em preparação a serem encaminhadas ao Sr. Ministro da Fazenda, junto com documentos - denúncias de SAÍTO - que comprometiam delegados e agentes federais. Estas cópias de documentos, provocaram grandes preocupações entre o pessoal do DPF e a partir daí começaram as ameaças contra minha integridade física. Ameaças de morte, alertando-me que serei um segundo Alexandre Vom Baumgartem, pois eles tem todos os recursos para isto, simulando assaltos, acidentes automobilísticos e outros "esquemas". E como tudo isto não fosse suficiente, no dia 22/09/88 as 15h00', VERONEZZI armou nova busca e apreensão em minha empresa à procura de equipamentos ligados a linha telefônica, que memorizam conversas telefônicas. Mandou uma equipe de sete agentes chefiada pela delegada SUELY GOERISH (clique e conheça suas falcatruas), que apesar de ameaçar com flagrante, não o fez, porque apresentei a ela uma homologação do Ministério das Comunicações, inclusive a dos Estados Unidos. Mesmo assim, fui conduzido ao DPF onde fiquei detido por mais de duas horas. No dia seguinte, VERONEZZI instruía, como sempre, a reportagem do Jornal da Tarde e Folha da Tarde, que aquela busca e apreensão era baseada no roubo de energia das linhas telefônicas, e que operava com linha telefônica clandestina!!! Esta pueril, infeliz e infantil instrução do VERONEZZI à imprensa, não tem nenhuma razão técnica, pois todos os equipamentos que gravam conversas telefônicas funcionam por bloqueio e gravam por indução, já que a fala é uma frequência. Por outro lado, estes equipamentos são interface, que além de serem alimentados pelas baterias do gravador, através do "REMOTE", eles não absorvem nenhuma energia da linha telefônica, pois se os equipamentos que gravam e reproduzem nas linhas telefônicas fossem da "conclusão técnica" do VERONEZZI, as cinco milhões de Secretarias Eletrônicas já instaladas, entre elas da marca GRADIENTE E CCE, que gravam inclusive conversas telefônicas como também os milhares de telefones sem fio instalados e ainda, os aparelhos que gravam e reproduzem as entrevistas nas Rádios e Canais de TVs, somando os aparelhos Fac-símile, já teriam "explodido" as Centrais Telefônicas do Brasil. Outrossim gostaria que o Sr. superintendente informasse, da forma que me acusou, como se consegue este delito de adquirir uma linha telefônica clandestina e obter numero de telefone e ainda operar clandestinamente? Esta é uma prova das injustiças dos homens que aplicam as conveniências através do Poder. Uma vez claramente perseguido pelos homens que a sociedade paga com suor e sacrifício, fui obrigado a recorrer ao habeas corpus à 11ª Vara da Justiça Federal ao MM Juiz Dr. SINVAL ANTUNES DE SOUZA, aguardando, com a esperança de emitir um despache favorável, pois do contrário ficaria exposto aos dráculas do uso abusivo do poder que exploram. Deixo aqui claro meus riscos e perseguições dirigindo todas as responsabilidades aos acima citados homens da lei, que manipulam o poder dentro das suas conveniências, quanto a minha integridade física ou possíveis futuras represálias. Sr. Ministro da Justiça, como cidadão e como homem com sentimentos patrióticos, solicito de V. Excia., somente justiça. Disposto a entrega-lhe, ou a quem V. Excia. designar, provas existentes em mãos de amigos para que os inimigos da sofredora sociedade sejam punidos, pois os últimos acontecimentos no DPF, no caso CECCATO, e o que está ocorrendo desde 15/03/83 principalmente, é uma prova do desprestígio no sistema da Polícia Federal. E para finalizar, TUMA, ao contrário do que disse em sua nota, ultimamente, não cede as pressões de alguns de seus superiores mas, cede as pressões de alguns de seus subordinados. O superior quer a verdade. Alguns subordinados tem talvez, razões para que a verdade não se esclareça. Com profunda fé nas providências de V. Excia., subscrevo-me, Respeitosamente. Assinado: Georges P. Sellinas
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