ABNOR GONDIM da Sucursal de Brasília O diretor-geral da Polícia Federal,
Vicente Chelotti, enviou circular para as 27 superintendências estaduais do órgão com o
objetivo de afastar os policiais que respondem a processos judiciais por supostos crimes
contra a administração pública.
A nova "faxina" na Polícia Federal
deve atingir cerca de 40 policiais, de acordo com levantamento entregue em junho passado
pelo. procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro.
O levantamento determinado pelo diretor-geral
irá concluir a "operação limpeza" desencadeada há seis meses pelo ministro
Renan Calheiros (Justiça), com o afastamento de 62 policiais suspeitos.
Desvio de verba e propina
Quatro policiais já foram
afastados este mês. Entre eles estão a ex-superintendente do órgão em Roraima
Suely
Goerish e o ex-superintendente no Rio de Janeiro Edson Antônio de Oliveira.
Suely é acusada de desviar
verbas públicas quando exerceu o cargo durante dois anos antes de retornar a Brasília.
Oliveira responde a processo sob a acusação de ter recebido suposta propina de bicheiros
no Rio de Janeiro. Os dois foram procurados pela Folha ontem, mas não foram
localizados para falar sobre as acusações.
Em São Paulo, já está certo o afastamento do
delegado Wilson Alfredo Perpétuo, por ter sido condenado em primeira instância sob a
acusação de facilitar contrabando. Amigo de Chelotti, ele dirigia a delegacia da
Polícia Federal em Ribeirão Preto (interior do Estado), de onde saiu em junho passado.
Estão sujeitos a afastamento policiais
que respondem a processos judiciais com base em crimes previstos nos artigos
312,313,316,317 e 318 do Código Penal.
Eles não poderão exercer atividades policiais,
mas continuarão a receber seus salários até a conclusão dos processos.
Esses artigos se referem a crimes de peculato
(apropriação indevida de bem ou de dinheiro), concussão
|