XICO SÁ
Da Reportagem Local
No cargo de diretor-geral da Polícia
Federal, o senador eleito Romeu Tuma (PL-SP) beneficiou ilegalmente a família, amigos e
assessores do deputado federal e ex-ministro Ricardo Fiúza (PFL-PE).
Tuma forneceu carteiras da PF a
pessoas indicadas pelo deputado. De posse dos documentos, elas ficaram com status de
"colaboradores" da polícia.
Essas carteiras, segundo a lei, só podem ser
fornecidas aos próprios policiais e às empresas de segurança cadastradas oficialmente
junto ao governo.
Com esses documentos, além do porte
de arma em todo o território nacional qualquer tipo de arma, os portadores
podem ser privilegiados com a dispensa em vistorias e outras fiscalizações policiais.
Segundo dirigentes de sindicatos de policiais
federais, esse tipo de documento, fornecido ilegalmente no país nos últimos anos,
costuma ser usado para livrar parentes e amigos de autoridades das "blitz" que
os cidadãos comuns estão sujeitos.
A Folha obteve cópias das
carteiras dos filhos de Fiúza: Ricardo, Roberto, Elizabeth e Maria Teresa. Além deles, a
amizade entre o deputado e Tuma rendeu o mesmo privilégio para Romero Costa Maranhão e
Antônio Alves Neto, auxiliares e amigos do deputado. |