Noticiário: Tendências do Trabalho, 28 de março de 1984

Fiel Transcrição:

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SEGURANÇA:

A ESPIONAGEM PODE ESTAR ATACANDO A SUA EMPRESA

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Em seu show-room, Sellinas oferecia aulas de contra-espionagem à órgãos de segurança e a empresários, todas as quartas-feiras.
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Georges P. Sellinas, diretor da SECRETEL, Serviço de Inteligência Científica, empresa que há pouco mais de um ano vem se dedicando ao combate ao crime científico e à orientação de empresários sobre a real extensão desta espécie de delito. Vide texto abaixo:Vide texto abaixo:
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Empresas não alcançam desempenhos satisfatórios. O nível de falências é apresentado como em ascensão constante. Os tempos de crise logo são lembrados como justificativa. Mas nem só de problemas econômicos vivem as dificuldades empresariais e mais coisas podem existir debaixo dessa situação do que sonha a filosofia dos analistas.

"É lamentavelmente impressionante o número de vítimas atingidas pela espionagem em geral. Inúmeras empresas, todos os dias, sofrem as pressões das piratarias industrial e comercial, concorrências desleais ou vazamentos de informações de suma importância por pessoas que, inclusive, ocupam até cargos importantes na empresa. Em muitos casos, se o agente espião ou o concorrente desleal é estrangeiro, são divisas perdidas". Quem pinta este quadro sombrio é Georges P. Sellinas, diretor da SECRETEL, Serviço de Inteligência Científica, empresa que há pouco mais de um ano vem se dedicando ao combate ao crime científico e à orientação de empresários sobre a real extensão desta espécie de delito.

"O crime, seja qual for, torna-se cada dia mais científico e mais sofisticado, brincando inclusive com a nossa falta de recursos. Os recentes grandes assaltos ocorridos demonstram que as técnicas dos criminosos superam qualquer dificuldade. Seja qual for a proteção mecânica, ela se torna nula, com a falta de tecnologia, conhecimentos e teorias suplementares", esclarece Sellinas.

Prejuízos

Tal posicionamento pode parecer alarmista, mas Sellinas com a experiência de 12 anos dedicados ao setor garante não exagerar quando afirma que talvez existam cerca de 45 mil espiões industriais em atividade no Brasil. E reforça: "Seja quem for: Presidente da República, político, empresário, homem de negócios ou cidadão comum, ninguém escapa da espionagem propriamente dita".

Sellinas fundou, há doze anos, a IBRANOVI que se dedica à produção de equipamentos eletrônicos para serviços de contra-informações e contra-espionagem, através de aparelhos estratégicos de alta tecnologia. A SECRETEL surgiu para atuar diretamente no combate ao crime científico.

"A interceptação tornou-se uma rotina na vida industrial e empresarial no Brasil. Largamente desenvolvida, é um ramo que rende muitos

milhões e a cada dia ameaça mais a sobrevivência do homem. Infinitas falências, concordatas e fracassos, têm acontecido com o surgimento de inúmeras industrializações clandestinas de equipamentos eletrônicos espiões", diz Georges Sellinas.

Como engenheiro industrial, ele busca a constante atualização em seu ramo, participando freqüentemente de cursos e seminários internacionais, analisando todas as tecnologias estrangeiras e procurando, paralelamente, nacionalizar e criar novas técnicas para o combate à espionagem industrial no Brasil. "Nossa empresa é a terceira no mundo em sofisticação, a única em nosso país e possui equipamentos iguais aos estrangeiros, com a mesma eficácia e por preços menores."

Palestras

Além do atendimento altamente especializado e sigiloso que faz a empresas que enfrentam problemas na área de segurança, Sellinas tem uma preocupação maior: divulgar o rápido e progressivo desenvolvimento que o crime científico vem experimentando no meio empresarial brasileiro.

Com esta finalidade, ele promove semanalmente, sempre às quartas-feiras, das 16 às 18 horas, palestras grátis na SECRETEL, abertas a presidentes de empresas, diretores de segurança ou gerentes interessados na área. Os encontros são limitados a 18 pessoas e apoiados por exposições de vídeo. "Nestas palestras", esclarece Sellinas, "mostramos como se expandiu a espionagem empresarial, política e social no Brasil; como se espiona; quem é o espião brasileiro; e damos orientações básicas a empresários sobre como evitar o mais possível esta espionagem."

Além destas atividades, a SECRETEL prepara elementos para empresas, para que, independentemente de seus serviços, possam atuar e tomar as providências preventivas e periódicas para a área.

Cuidado com os "pontos vulneráveis"

Segundo Sellinas, "mesmo que o empresário não desconfie de qualquer ocorrência na área de espionagem, deve fazer um trabalho preventivo, servindo-se de organizações sérias e criteriosas para um 'check-up' na empresa."

Especificamente para o setor de pessoal, ele oferece alguns conselhos básicos para se evitarem ocorrências e prejuízos.

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