Munhoz ex-presidente do inquérito que apurava acompra
das Apólices do Tesouro
Municipal, por preços excessivos, pela Corretora Banespa havia recebido uma
proposta de US$ l milhão para facilitar a situação do atual secretário de Indústria e
Comércio, Otávio Ceccato, que à época do negócio era presidente do Banco do Estado de
São Paulo (Banespa).
Logo depois disso, a Polícia Federal começou a Investigar o
possível envolvimento de Sellinas com um esquema de corrupção de policiais para
retirada da fiscalização da Galeria Pajé, em São Paulo.
Para o superintendente Marco Antônio Veronezzi, Sellinas
especializou-se em gravar conversas telefônicas.
Ele afirma ainda que além da prisão em flagrante
por contrabando, Sellinas deverá ser indiciado em inquérito por corrupção
e
exploração do prestígio de autoridades.
Já para o filho de Sellinas, Georges
Sellinas Júnior, seu pai sempre ajudou a Policia Federal em investigações.
"Na Polícia Federal, meu pai era como
se fosse de casa. Nossos serviços sempre foram solicitados", diz. Essa informação
também é sustentada pelo advogado Bension Coslovsky, que se declara amigo de Sellinas.
Coslovsky que ontem esteve no xadrez da
Polícia Federal e saiu com uma procuração de próprio punho para fazer a defesa de
Sellinas também é uma peça importante no
caso Banespa. Foi ele quem
denunciou, na Procuradoria Geral da República em São Paulo, a compra irregular das
Apólices do Tesouro Municipal pela Corretora Banespa.
A partir da representação encaminhada por Coslovsky
ao procurador-chefe Manoel Paulino é que a Polícia Federal abriu o inquérito para
apurar o caso.
Ele diz que em maio deste ano encaminhou ao
superintendente da Polícia Federal, Marco Antônio Veronezzi, um requerimento onde pede
certidões da íntegra do inquérito.
"Vou entrar com uma ação de
responsabilidade civil. Acho que o fato de haver elementos que comprovam a
responsabilidade de Ceccato na compra das Apólices do Tesouro Municipal já permite a
ação civil", diz.
Coslovsky afirma que espera apenas que a Polícia
Federal lhe entregue as cópias do inquérito, solicitadas quando o caso ainda era apurado
pelo delegado Francisco Pereira Munhoz. |