de duas pessoas e deixou registrado no depoimento que o advogado não pagou o valor.
Patrimônio dos juízes
Suzana Camargo disse ao juiz Mendes de Oliveira que recentemente lhe mostraram "sete prédios novos", em Campo Grande, como sendo de propriedade de Theotonio Costa. Ela afirmou que havia recebido documentos sobre fazendas de propriedade do de
sembargador ou de uma empresa da qual o magistrado é sócio.
"Não sei se é patrimônio comum de juízes, mas eu não tenho um patrimônio assim", afirmou a desembargadora ao juiz.
Em julho de 1999, a Folha publicou reportagem revelando que os desembargadores Theotonio Costa e Roberto Haddad, 58, também do TRF, ostentam riqueza que contrasta com o padrão comum dos juízes brasileiros.
Suzana Camargo disse ao juiz que só veio a conhecer o repórter Frederico Vasconcelos, autor das reportagens, muito tempo depois da publicação. O jornalista participa das audiências como representante da Folha nas duas ações de indenização movidas por Theotonio Costa e Roberto Haddad. O jornal é defendido pela advogada Taís Borja
Gasparian.
Na mesma audiência foi ouvido o desembargador Sebastião de Oliveira Lima, 69, também do TRF-SP, como testemunha do desembargador Theotonio Costa.
Oliveira Lima afirmou que, se o patrimônio de Theotonio Costa for aquele publicado pela Folha, "é um patrimônio fora do comum". "Só com os vencimentos de juiz é um pouco difícil a aquisição do patrimônio mencionado no jornal", afirmou. Theotonio Costa e Roberto Haddad, com base em reportagem da Folha, respondem, cada um, a inquérito criminal no STJ por suspeita de enriquecimento ilícito.
O Ministério Público Federal investiga a suspeita de improbidade administrativa dos dois desembargadores e, se comprovada, estão sujeitos à suspensão dos direitos políticos, perda de função, in-disponibilidade de bens e ressarcimento ao erário.
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