Estado de São Paulo, 18 de Julho de 1993

Fiel Transcrição:

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OS PROTEGIDOS

Os quatro grupos que disputam a hegemonia na PF

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  Lacerda

Profissionais — Alguns policiais se destacam na PF pela sobriedade e pelo profissionalismo. É o caso do delegado Paulo Lacerda, que se notabilizou com as investigações sobre o Esquema PC e não quis assumir o comando da corporação. Técnico e frio, não participa de grupos. Avesso à publicidade, foge da imprensa e se recusou a concorrer em eleições.

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   Cascais

Sindicalistas — Os problemas da PF vieram à tona com a ação dos lideres sindicais. Repudiados pelos veteranos, eles aderiram ao ex-secretário João Batista Campello para chegar ao poder na corporação. São policiais como Alberto Cascais, eleito duas vezes para dirigir a Associação dos Servidores da PF (Ansef) — entidade recomendável para quem tem ambições políticas.

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 Veronezzi

Órfãos de Tuma —O delegado Romeu Tuma deixou seguidores. Eram os "homens de ouro", que ainda mantêm expressiva liderança interna. Marco Antônio Veronezzi, ex-superintendente em São Paulo, é um exemplo desta categoria. Tuma o protegeu de várias acusações. A influência do xerife o manteve no cargo até o ano passado. Agora está da divisão de Santos.

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  Galdino

Arapongas — Vários policiais federais tem laços estreitos com a comunidade de informações. Esses detetives tentam manter a identidade em sigilo: A maioria vem do extinto SNI. Alguns são especializados em desestabilizar dirigentes "incómodos". O delegado Amaury Galdino saiu do serviço secreto da PF para a chefia do órgão por influência dessa comunidade,
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Revista VEJA. 20 DE ABRIL. 1994

Transcrição Parcial:
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NA LISTA DO JOGO DO BICHO

Mais um amigo e companheiro de Romeu Tuma na "lista" dos bicheiros de Castor de Andrade:

Edson de Oliveira, Delegado da P.F. e ex-superintendente do Depto. de Polícia Federal Regional do Rio de Janeiro, na gestão de Romeu Tuma.
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A mansão de 400.000 dólares do delegado Edson Oliveira

O ex-superintendente do DPF do Rio de Janeiro que trouxe PC da Tailândia. Ganhos incompatíveis com o seu salário na PF

Se há pessoas aparecendo na lista e confirmando que receberam dinheiro do bicho, qual o sentido de alguém afirmar que a lista não é verdadeira? E óbvio que pode ser um retrato infiel da realidade, mas até o momento todos os fatos que surgiram corroboram o seu conteúdo. Há casos em que a confissão nem é necessária. Edson de Oliveira, ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, está na lista e nega. Na semana passada, o Jornal do Brasil informou que o policial tem uma bela casa num condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Sul do Rio. A mansão ocupa um terreno de l 200 metros quadrados, tem dois andares, quatro quartos e está avaliada em 400 000 dólares. E uma quantia tão alta para o salário de um policial que Oliveira não pode explicar a aquisição da mansão com renda lícita. Oliveira, que foi o encarregado de prender PC Farias e o trouxe no avião da Tailândia para o Brasil, não admite que embolsou zoodólares. Mas também não explica como pôde comprar uma casa quase tão rica quanto a de PC Farias. Seu problema é que, ao contrário de uma jogadora de vôlei, Oliveira tinha muitos serviços a oferecer para os chefões da máfia uma vez que seu posição de delegado Superintendente do Depto. da Polícia Federal do Rio de Janeiro e principalmente amigo e protegido pelo Diretor Geral da Polícia Federal Romeu Tuma.

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