CARTA ABERTA PUBLICADA EM 23/FEV/1989 NO JORNAL "O ESTADO DE SÃO PAULO", DIRIGIDA AO EX-MINISTRO DA JUSTIÇA, DAQUELA OPORTUNIDADE, DR. OSCAR DIAS CORRÊA.

DESTAQUE: Esta carta aberta, foi utilizada pelas desonestas autoridades para armarem: processos, perseguições, prisões preventivas e condenações!!!

A FORÇA DA IMPUNIDADE II

V. Excia., ao contrário do ex-ministro Dr. PAULO BROSSARD, que tinha muito de ministro mas pouco de justiça, V. Excia., foi o único que sensibilizou e encorajou meus sentimentos, profundamente feridos com as injustiças, irregularidades e fraudes daqueles, a quem a sociedade paga com os impostos, com o seu trabalho, à custa mesmo de sua sobrevivência.

Sr. Ministro, sua posse neste poder acompanhada de brilhantes manchetes de toda a imprensa brasileira, com repercussão internacional inclusive, animaram meus sentimentos, e de todos os brasileiros fazendo ressuscitar a grande esperança na justiça, no combate a corrupção e a impunidade, que tanto castiga, hoje o. Brasil.

Senti nas suas palavras pronunciadas nas Rádios e TVs, e nas inúmeras manchetes de jornais, o elevado grau do seu patriotismo e a imensa coragem de enfrentar os monstros que castigam nossa sociedade, e principalmente impor justiça, inexistente até nos Órgãos competentes, que ao contrário armam tramas.

Apesar das minhas constantes denúncias publicadas com matéria paga, (desde agosto 88, até hoje, TUMA E VERONEZZI tem influenciado a imprensa impedindo minhas entrevistas, e cancelando as matérias, conforme provas gravadas em meu poder. Isto é violência Sr. Ministro), nos jornais e por meio de cartas, devidamente registradas em Cartórios de Registro de Títulos e Documentos e outras dirigidas ao ex-ministro e antecessor de V. Excia., não mereceu a mínima consideração, ao contrário, até mesmo da incompetência, por falta de respaldo político, ou autoridade, acabou por acobertar todas as irregularidades denunciadas.

Como cidadão e uma das vítimas das TRAMAS e injustiças daqueles que são bem pagos, para servir a sociedade, venho, publicamente me solidarizar com os objetivos de V. Excia. e sugerir o início de uma rigorosa investigação, com gente honesta e cumpridora do dever; e exemplarmente, ao próprio Depto. Regional da Polida Federal de São Paulo, tomando como ponto de partida o Superintendente Regional MARCO ANTÔNIO VERONEZZI e estendendo-se à alguns delegados administrativos, como também do Depto. da Fazendária, até mesmo o diretor-geral da DPF ROMEU TUMA, profundo conhecedor de inúmeras irregularidades, fraudes e corrupções que ocorrem naquele Depto. Regional, há vários anos, e não obstante as conheça, OMITE-SE.

Fui amigo (de minha parte), e técnico tanto de ROMEU TUMA como de MARCO ANTÔNIO VERONEZZI. Graças aos meus serviços tecnológicos detectei e presenteei a TUMA a mais chocante fraude ocorrida no Brasil "A FRAUDE DO INAMPS", para que posteriormente TUMA desfrutasse da repercussão de um PRÉMIO ESSO DE JORNALISMO. Foi uma história mal contada, e "muito bem manipulada". Ninguém foi pres. Todos saíram pela tangente. Sumiram até fitas altamente comprometedoras. Foi um trabalho, patrioticamente iniciado mas... Foi uma história BEM PROTEGIDA.

Mas afim de não omitir um detalhe que faz parte da novela do INAMPS, devo salientar que esta fraude não foi totalmente impune, um juiz federal pagou com seu afastamento, uma ínfima fração deste crime, deste golpe à pobre sociedade brasileira, pois espero que TUMA lembre-se das circunstâncias.

No começo de 1984, quando TUMA ainda era Superintendente Regional, na rua Tutóia, fora da padaria que ele freqüentava, em frente ao número 1.125, e mais precisamente, dentro do meu automóvel, alertei-o que inúmeras e graves irregularidades, fraudes e corrupções ocorriam dentro do DPF e, que se não tomasse providências, acabaria também acusado, senão de CÚMPLICE ou CONIVENTE, mas como OMISSO, não escaparia, ou, se comprovada sua inocência, seria comprometido com a INCOMPETÊNCIA. Nesta ocasião, como em outras, em sua residência, ele soube me pedir ajuda em troca do: "DEUS TE PAGUE" para, posteriormente, me trair, como Judas, crucificando-me com a sua falsidade.

Ainda na velha residência do mesmo, na rua Caravelas, me prontifiquei ajudá-lo e montar um esquema para flagrar MILTON DE MELO MILRÉU, por suborno de autoridade federal. MILRÉU tentou por meio de amigos privilegiados de TUMA, uma aproximação e ofereceu-lhe suborno para que TUMA aliviasse sua situação com relação às acusações contra ele, envolvido nas fraudes do INAMPS. MILRÉU chegou à dar entrevistas à imprensa, dentro do próprio gabinete da superintendência do DPF com a imponência que caracteriza o homem do poder... financeiro.

TUMA não aceitou minha sugestão (para flagrar MILRÉU), pois tinha tudo nas mãos naquela oportunidade para que o referido flagrante tivesse êxito.

Em meados de 1.984. alertei TUMA de fraudes, corrupções e "acertos" que se desenvolviam entre policiais federais e juízes federais, com inúmeros processos em andamento ou outros engavetados aguardando ''negociatas". Recebeu inclusive um relatório completo das mãos de ANTÔNIO SAÍTO, (ex-policial e agente de informação) na porta da igreja do Largo do Paissandu, na presença do agente MIGUEL FLORIANO DA SILVA "covardemente assassinado".

Alertei-o, também, sobre vários escândalos que ocorriam no DOPS, na rua Piauí, quando o diretor e responsável daquele DEPTO. era o delegado MARCO ANTÔNIO VERONEZZI.

Possuo depoimentos gravados, perante testemunhas de pessoas que acusam VERONEZZI de manter "negociatas" e "acertos" com advogados e outros "amigos".

Alertei estes "ex-amigos" e entreguei as provas sobre "acertos" com carros importados, contrabando de jatinhos, micro-helicópteros, peças de "Mercedes" e outras, envolvendo federais que desfrutavam o poder.

Até nomes de delegados federais figuram nas agendas dos falsificadores de passaportes, agendas essas que VERONEZZI teve toda a "cautela" de não anexar ao inquérito presidido, inicialmente, pelo delegado ADMIR ALVES, (acusado como protetor de contrabandistas), e em andamento pelo delegado FRANCISCO MUNHOZ. Essa "cautela" do VERONEZZI foi para não comprometer os dois delegados lotados entre TUMA e VERONEZZI.

PORQUE estes homens TRAMARAM de forma tão desonesta? Contra um homem honesto, pacífico e amigo!!! Todas as perguntas serão respondidas, elucidadas e esclarecidas no meu livro que está sendo preparado no exterior.

Além de inúmeros serviços tecnológicos e científicos à diversos Órgãos de Segurança Pública, Palácios de Governo e de Justiça, detectei inúmeras irregularidades, fraudes, subornos e corrupções dentro do próprio Depto. Regional da Polícia Federal de São Paulo administrado por um INFANTIL e INCOMPETENTE Superintendente "apóstolo" de ROMEU TUMA.

Tanto este último, como aquele Superintendente foram alertados por min, inúmeras vezes, sobre as irregularidades que ocorriam naquele Depto. pelo pessoal de seu "Staff", conforme provas em meu poder e registradas em Cartórios.

O "REMANEJAMENTO" é sempre a "PUNIÇÃO" das fraudes e irregularidades, fazendo crescer, assustadoramente a medalha da impunidade e do enriquecimento ilícito dos homens da lei, só que o "REMANEJAMENTO" que deveria ser "PUNIÇÃO" era sempre para cargos maiores e melhores, e acabava em promoção.

Dois fatos importantes explodiriam aquela amizade e, finalmente, impulsionaria a mola para a minha destruição moral e material:

Em primeiro lugar, foram as informações gravadas acusando o Setor Fazendário da Polícia Federal Regional de S.P., que sempre foram "PROTETORES" de contrabandistas, em especial o delegado ADMIR TOZO, de suborno e outros delitos cometidos durante a operação "CAIÇARA" na cidade de Santos, mencionando inclusive outros delegados de sua equipe, todas de autoria de ANTÔNIO SAÍTO, acusando MARCO ANTÔNIO VERONEZZI e o juiz federal JOÃO CARLOS DA ROCHA MATTOS, da 12ª Vara da Justiça Federal, de terem abocanhado a quantia de dois milhões de dólares para absolver o réu advogado ABRAHÂO RAUCHFELD e seus colaboradores CLÁUDIO BONTEMPI e o advogado ARTHUR GOMES FILHO (um dos acusados no caso do seqüestro do banqueiro ANTÔNIO BELTRAN MARTINEZ, como também, amigo e "intermediário" de delegados do Depto. da Fazendária do DPF), todos acusados nos inquéritos e processos abertos pela circulação de Bônus falsos de uma quantia de vinte milhões de dólares, do Governo Argentino. Ainda naquelas gravações, SAÍTO acusava TUMA e VERONEZZI de participarem, com ações, do conglomerado SHARP, adquiridas como pagamento de diversos favores prestados.

Por intermédio de um amigo comum daquele juiz federal, foi realizado um encontro e pessoalmente informei-o sobre a acusação de SAÍTO.

Tanto aquele juiz como VERONEZZI informaram-me que iriam armar uma TRAMA contra SAÍTO dando-lhe uma lição e ainda o acionariam dentro de um processo de SEGREDO DE JUSTIÇA, bloqueando e dificultando desta forma, a defesa do ex-policial e agente de informação conforme provas e confirmações gravadas do próprio VERONEZZI. ROCHA MATTOS, inclusive, compactuando com VERONEZZI entregaria o processo à outro juiz federal para que ele pudesse "facilitar", numa autêntica operação triangular. Mas os fatos desviaram um pouco de direção

A "quina" (estes cinco) TUMA, ROCHA MATTOS, VERONEZZI. TOZZO e o delegado fazendário ANTÔNIO BORGES FILHO, prepararam um flagrante à ANTÔNIO SAÍTO em 06 de Julho de 1.988 e o encaminharam à cadeia, onde, conforme informações, o torturaram.

Desta forma, a referida "quina" conseguiu desacreditar SAÍTO e livrarem-se das acusações do ex-policial. Nestas alturas, só restava "armar" a minha desmoralização, mandando-me para a cadeia, para que os criminosos se livrassem por completo das inúmeras acusações que no futuro próximo a sociedade viria conhecer. Pois assim agiram.

Em segundo lugar minha denúncia do suborno à policiais do Depto. da Fazendária no caso CECCATO/BANESPA, acrescida das inúmeras denúncias e contradições de VERONEZZI, que recebia, e que somente eu conhecia, como também, outras provas gravadas, e somadas ainda à outras irregularidades e fraudes, confiadas à TUMA e VERONEZZI, acusando sempre delegados e agentes fazendários. Este grupo de homens do poder, aplicaram contra mim o mesmo golpe que haviam aplicado em SAÍTO, porém, não contavam com a Justiça Divina e a própria INCOMPETÊNCIA.

Reagi à essa injustiça e desonestidade com todos os recursos disponíveis e só descansarei quando estes criminosos estiverem fora de circulação e as liberdades e os direitos humanos forem efetivamente respeitados no Brasil.

As minhas recentes denúncias à imprensa e a decisão de me defender a qualquer custo, ocasionaram o desespero dos aproveitadores do poder. As várias ameaças de morte que recebi, sofisticaram as covardes intenções dos mesmos. Pois é bom que eles saibam: Vou investir, ainda, todos os meus bens conquistados honestamente durante 35 anos no Brasil e toda a herança que recebi de meus pais até que esses criminosos paguem por seus crimes. Não me amedronta a morte por eles programada, pois muita coisa foi preparada e seguiu para o exterior e, ainda, com maior intensidade, dentro de um programa já planejado, encontra-se protegida.

Veronezzi foi acusado de receber a quantia de 500 mil dólares para inocentar CECCATO. Da mesma forma e com o mesmo objetivo que o delegado JA1R BARBOSA MARTINS.

Este último, foi indiciado em inquérito administrativo e policial e acusado de prevaricação; se isto ocorreu ao delegado JAIR BARBOSA, o mínimo que deveria ocorrer a VERONEZZI, era o seu imediato afastamento, o que não ocorreu, por ser protegido de TUMA.

Sr. Ministro, conforme disse V. Excia.: "funcionário público que comete irregularidades, deve ser afastado de suas atividades, até que a irregularidade seja apurada". Porque isto não acontece na Polícia Federal? Posso enumerar vários casos, mas vamos pegar o mais próximo: VERONEZZI!!!

Ainda Sr. Ministro o próprio Presidente da República JOSÉ SARNEY disse: "As pessoas para participar do seu Governo, devem ter reputação ilibada". Porque isto não acontece na Polícia Federal? (esta frase e a anterior foram veiculadas nos Jornais: Folha de S.P., Folha da Tarde, Estado de São Paulo, Jornal da Tarde e outros, em 14.02.89, como também no debate de V. Excia. na TV Manchete, em 19.02.89).

VERONEZZI, escapou da acusação, graças aquela "proteção" como também por outras razões ocultas, pois TUMA encontra-se muito comprometido com ele, conforme várias denúncias recebidas.

Com referência à fonte da notícia do suborno no caso CECCATO, VERONEZZI, além de prevaricar, mentiu à imprensa e à Comissão de Inquérito Administrativo, pois TUMA, novamente, deu "cobertura" total à ele, apesar dos conselhos de outros colegas delegados em afastá-lo.

O Presidente do Inquérito Administrativo delegado ENON GOUVEIA, designado pelo próprio ROMEU TUMA (!!!), impugnou a fita gravada (no escritório da minha empresa SECRETEL, Serviço de Inteligência Científica Ltda.), na qual VERONEZZI caía em verdadeira contradição e que o encaminharia direto ao banco dos réus, para não dizer a exoneração Manifestei-me contra o referido Presidente da Comissão, inclusive por carta registrada em Cartório. Outros fatos profundamente comprometedores e estranhos ocorreram, os quais por si só surpreenderam todos aqueles que militam com problemas desta natureza. Sem dúvida, o inquérito foi "encomendado".

A forma empregada para esclarecer os fatos foi suspeita, senão vejamos: a apuração dos mesmos foi conduzida e urdida de forma paralela aos interesses inconfessáveis do Superintendente, o qual, apesar de ser um dos principais suspeitos, não podia ser contrariado devido a sua notória a abusiva ingerência nos rumos investigatórios determinados ardilosamente, sendo certo que a investigação foi programada e pré-concebida para não chegar absolutamente a nada, isto é, NADA MESMO, pois do contrário os caminhos apuratórios da descoberta da verdade teriam sido outros e não aquele intencionalmente usado para iludir a opinião pública.

Contudo, surpreendentemente, até o momento o "SEXO DOS ANJOS" não foi descoberto graças ao comportamento intrigante, a forma enganosa dos métodos empregados que se mostraram desde o início totalmente ineficientes e contra-indicados.

Todavia, é facilmente perceptível que serviriam a sua finalidade principal de poupar a figura daqueles que são os principais envolvidos.

Tudo foi contrariado, o bom senso, os critérios investigatórios, a verdade real, sendo que, tal posicionamento é uma verdadeira afronta à sociedade, ao direito e à justiça que não pode ser maculada com comportamentos condenáveis e suspeitos. O principal responsável tem nome: ROMEU TUMA. Ele não respeitou as inúmeras solicitações e conselhos de vários velhos colegas e amigos, exigindo o afastamento do cargo do INCOMPETENTE e ACUSADO Superintendente Regional e ainda o conserva e o protege com todos os meios disponíveis. PORQUE, Dr. TUMA?

VERONEZZI, para complicar ainda mais os delegados acusados de escapar das suspeitas e do banco dos réus, acusou os delegados JAIR BARBOSA MARTINS e FRANCISCO MUNHOZ de terem adquirido, diretamente da General Motor do Brasil, dois opalas, dando a impressão que isto seria fruto daquele suborno. Mas, na verdade, não foram somente os dois delegados acima mencionados, mas também, o delegado MARCUS VINÍCIUS DENENO que, na mesma ocasião, entrou com pedido na GBM. Pois o nome deste último foi mantido em sigilo por VERONEZZI, por ser um amigo íntimo e muito ligado à ele.

Um outro paradoxo ocorreu ultimamente: VERONEZZI, para defender-se das minhas acusações nas declarações e nos meus depoimentos no Inquérito Administrativo do caso CECCATO, como também, visando ter mais uma testemunha falsa na TRAMA que "industrializou" contra mim, compactuou-se com o delegado JOSÉ BENEDITO DE OLIVEIRA SOUZA (também ex-amigo), prometendo-lhe, de acordo com TUMA, (conforme esclarecido pelo próprio delegado e gravado em meu escritório), a absolvição das acusações no caso acima mencionado, em troca do seu testemunho a favor daquele Superintendente, acusando-me em sua defesa final, no referido inquérito, com a finalidade de me desacreditar ou seja: uma TRAMA idêntica a aplicada por VERONEZZI, o que de fato se deu em 27.12.88.

Desta forma, VERONEZZI e TUMA, "iludiram" o infantil e falso aliado.

Conforme provas irrefutáveis em meu poder e em poder de outras testemunhas, este delegado procurou-me desesperadamente para que eu lhe devolvesse todas as provas e documentos dos inúmeros ilícitos que ocorrem do DPF, como também, as acusações contra TUMA e VERONEZZI que me havia entregue durante as inúmeras visitas ao meu escritório.

Ao negar-lhe me ameaçou, dizendo que, se eu não entregasse, ou publicasse tais documentos e informações, iria para "rua", e que seus filhos ficariam sem proteção, atitude esta, que poderia me custar muito caro.

Saiu do meu escritório completamente transtornado, recorrendo à falsas declarações em sua defesa. Este comportamento comprova sua desonestidade e o identifica como um grande mentiroso, fatos que me possibilitam crer que, realmente, participou daquele suborno porém do lado oposto e protegido.

Este delegado revelou a mim, que tanto ROMEU TUMA, como o juiz federal JOÃO CARLOS DA ROCHA MATTOS, possuem dossiês, de mútuas acusações, desde que o segundo fechou a porta do gabinete dele, impedindo a entrada do primeiro (isto ocorreu na época das fraudes do INAMPS). Estes dossiês, assemelham-se às armas das grandes superpotências garantindo, desta forma, uma trégua na grande divergência.

Outrossim, o infeliz delegado OLIVEIRA, além de outras acusações e "currículos", que me havia entregue denunciando ilícitos nos DPF, confirmou algumas denúncias contra o delegado e diretor da fazendária, ADMIR TOZO, e ainda me denunciou um outro ilícito: Enquanto VERONEZZI dá entrevista à imprensa, (como a última do dia 19 do corrente, Jornal ESTADO de SP. pag. 26) com relação a segurança precária do aeroporto de CUMBICA, favorecendo, inclusive, o tráfico de tóxicos, o ineficiente controle por falta de pessoas, o delegado OLIVEIRA me forneceu documentos onde se vê extensa relação de nomes de delegados e "funcionários", que só comparecem ao DPF, uma vez por mês, só para receber. É o chamado: "TRENZINHO DA ALEGRIA" do VERONEZZI e TUMA. que inclusive, por tentar alguém não respeitar, e tentar eliminar, afogou-se ainda mais, nas injustiças dos seus superiores. Se estas pessoas trabalhassem, a segurança dos aeroportos seria eficiente.

Este mesmo delegado, que quis prejudicar minha imagem, e meu moral, este meu ex-amigo traidor, compactuando com aqueles que denunciava, me forneceu, inclusive, cópia do inquérito da EXPORTAÇÃO de escravas "brancas" ao Japão, recrutadas, organizadas e "exportadas" por delegados da Polícia Federal.

Em sua defesa final de 27/12/88, este mesmo delegado, me acusou de ter utilizado a imprensa para me promover. Pois, não necessito de promoção. Sou reconhecido e admirado, nos cinco continentes, com conhecimentos tecnológicos, que tanto TUMA. como VERONEZZI, aproveitaram gratuitamente.

Utilizei a imprensa com matéria paga, oferecida por amigos e colaboradores, que além de não se conformarem com a injustiça, querem ver o Brasil livre destes sugadores do poder.

Pela primeira vez, durante quase 20 anos nesta atividade utilizei a imprensa desta forma, e o fiz somente para me defender publicamente e devo fazê-lo, tantas vezes quantas forem necessárias. Tratando-se de denunciar corruptos, eu o farei, internacionalmente inclusive, uma vez que a repressão do Dr. TUMA acabou.

As questões da defesa do delegado OLIVEIRA serão respondidas em meu livro de 480 páginas, em preparação no exterior, onde os "interessados" encontrarão as devidas respostas.

Sr. Ministro, além das denúncias que encaminhei ao ex-ministro Dr. BROSSARD. em cartas abertas ou por correspondência, devidamente registradas no l° Cartório, outras, recentemente foram recebidas, enviadas por pessoas que desejam ver a Polícia Federal MORALIZADA.

Uma delas acusa VERONEZZI de utilizar os recursos do poder disponível, fazendo do DPF um agente cobrador de dívidas, utilizando procedimentos internos do órgão, Trata-se do IPP (Investigação Policial Preliminar) n° 12-0012/87. que prefiro transcrever na íntegra nos mínimos detalhes, conforme me foi enviada, pois além do IPP, a referida carta-denúncia elucida mais o ponto no caso das fraudes na operação ATMs.

A denúncia, inclusive, deixa claro o procedimento antiético e conivente de um advogado.

Com referenda a empresa, esta se encontra desde 21.08.87, em concordata, deferida pelo MM Juiz de Direito às folhas 2474/2483, porém distribuída em 20/05/87, registrada sob n° 1136/87, conforme Certidão do Cartório do 5° Ofício Cível da Comarca da Capital.

A DENÚNCIA:

Esta denúncia, inicialmente permanecia anônima, mas, provas gravadas denunciaram seu autor: delegado JOSÉ BENEDITO DE OLIVEIRA SOUZA, porem com amplo conhecimento dos delegados JAIR BARBOSA MARTINS, diretor judiciário do DPF/SP e FRANCISCO MUNHOZ, responsável pela investigação do ESCÂNDALO BANESPA e do suborno de US$1.000.000,00 que OTAVIO CECCATO, presidente daquele BANCO, que havia oferecido à superintendência do DPF/SP, afim de não ser criminalmente identificado.

Posteriormente, os acima delegados em visita ao escritório da minha empresa, SECRETEL, Serviço de Inteligência Científica Ltda. me entregaram a denúncia por escrito junto com as provas dos fatos. 

Caro amigo GEORGES. Conhecedor em profundidade do seu prestígio, dinamismo e de sua coragem na luta contra os corruptos e desonestos que sugam a sociedade, com seus atos criminosos, como também, da injustiça que seus "amigos" cometeram contra você principalmente, tomei a liberdade de "premiá-lo" com algumas denúncias, que com certeza vão colaborar aos seus dignos propósitos:

RESEGUE IND. & COM. S/A. (produtora de óleo comestível). Rua Maria Paula. 88 - Bela Vista.

O Banco Econômico S/A. credor da empresa acima citada, utilizou-se do "relacionamento" do advogado MÁRCIO THOMAZ BASTOS, presidente do Conselho Federal da OAB, com o propósito de forçar a cobrança da dívida a seu favor. Assim sendo, o referido advogado, entrou com um pedido mal alinhavado de abertura de investigação policial preliminar, em Brasília DF. Tal documento veio para São Paulo, onde o Superintendente Regional do DPF, MARCO ANTÔNIO VERONEZZI, concordou com a IPP, fato esse inusitado e totalmente irregular, pois a decisão para instauração desse procedimento é de deliberação interna do órgão, principalmente porque o fato seria criminoso, passível de inquérito policial de competência exclusiva da Secretaria de Segurança Pública.

Algumas pessoas da indústria RESEGUE foram intimadas a falar naquela investigação. Os diretores, amedrontados, procuraram pelo Banco Econômico, pagando à este, num acordo forçado, a quantia equivalente a cinqüenta milhões de dólares, e em evidente fraude aos demais credores da concordatária. Conseguindo seu objetivo, o advogado MÁRCIO THOMAS BASTOS, num comportamento jurídico nunca utilizado, com tolerância de VERONEZZI, pediu ao mesmo Superintendente o simples arquivamento daquele procedimento, tento a Polícia Federal de São Paulo sido utilizada como agente cobrador, com total aquiescência do Superintendente VERONEZZI e, segundo se comenta e de provas que futuramente lhe enviarei, a "COMISSÃO", tanto do VERONEZZI como do advogado BASTOS estaria no exterior, numa conta clandestina. Mas posso afirmar que de início abocanharam o valor de quinhentos mil dólares e a quantia tratada final, importava em cinco milhões de dólares (conforme confirmações posteriores dos delegados acima mencionados, seguindo de algumas correções, tudo gravado nas conversações pessoais).
Em razão deste mesmo relacionamento íntimo com VERONEZZI, o advogado BASTOS, foi "indicado para patrocinar" a causa do CÂNDIDO DE SOUZA RANGEL, dono da SP/Rio (Instituição Financeira do Rio de Janeiro, que manipulava a conta (caixa 2) da empresa fantasma "PLANGIRO", em nome do "laranja" ADILSON FERREIRA DA SILVA, através da qual foi pulverizado o produto da fraude na operação das ATMs, em torno de 171 milhões de cruzados, naquela época, (Maio de 1987), cujas provas tinham sido coletadas pelo delegado que presidia o inquérito, FRANCISCO MUNHOZ.

ESCLARECIMENTO: IPP (Investigação Policial Preliminar), é matéria que o Código de Processo Penal não prevê, por ser procedimento que começa e termina na delegacia, é evidente que conduz a caminhos estreitos, escusos e com objetivos inconfessáveis. Foi assim com o caso RESEGUE, com "investigação preliminar" requerida pelo Presidente do Conselho Federal da OAB, que com certeza alcançou um destes objetivos, sem contudo chegar a Justiça. Este "IPP" é invenção do DPF, e só neste Depto, existe.

DESTAQUE: Devo esclarecer as razões que obrigaram-me chegar às presentes denúncias, apesar de ter esclarecido em outras ocasiões, mas repito para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer: Desprezando o ponto de vista e critérios em geral, em sentido contrário, pois esta é a verdade de Deus e da Justiça Divina. São três: Primeiro, o fiz patrioticamente. O sofredor povo não merece tantos golpes por pessoas, por ele pagas. Segundo, provar a espécie daqueles que TRAMARAM contra mim, tentando me desmoralizar e desacreditar, por saber demais. Terceiro, para defender-me das acusações desonestas, que os desonestos armaram contra mim.

Sr. Ministro da Justiça, como cidadão brasileiro, adorando a terra que há trinta e cinco anos (31 de julho de 1953) abriu-me os braços, inimigo dos corruptos e aproveitadores do poder, peco-lhe em nome do Brasil, JUSTIÇA, ordenando para que os inquéritos abertos n°s 2-0572/88 e 2-0928/88 ARMADOS E TRAMADOS pela "quina" acima exposta, contra mim, tomem procedimento urgente, para que durante a minha defesa, eu possa provar não somente a minha inocência, mas apontar ainda melhor os currículos" dos verdadeiros réus e criminosos da sociedade.

Deixo aqui clara a responsabilidade dos acima mencionados e os responsabilizo, nacional e internacionalmente, quanto aos riscos de minha integridade física e dos meus familiares. A garantia de minha vida, Sr. Ministro, está em suas mãos.

Sr. Ministro, não é justo suportar, eu, um homem de bem, aos 62 anos de idade, ser acusado por desonestos, corruptos e aproveitadores do povo, simplesmente para esconder os crimes que cometem, e, ter os meus direitos restringidos por estes homens infantis e incompetentes.

Sr. Ministro, permita-me dirigir, nesta oportunidade, uma pequena mensagem ao Diretor Geral da Polícia Federal, ROMEU TUMA, pois é um desabafo que não consigo mais segurar.

Dr. ROMEU TUMA, você, homem altamente religioso (de grande destaque promocional religioso), católico praticante, tanto que, inúmeras vezes por dia, deseja a todos (como padre) que lhe oferecem a mínima colaboração ou préstimo qualquer o "DEUS TE PAGUE", como você consegue manter dentro da sua consciência cristã a injustiça, e em conivência com o seu "apóstolo" VERONEZZI, a acusação de contrabandista, que me presentearam, tomando como prova do "crime" os aparelhos que ajudaram a resolver inúmeros serviços à Órgãos de Segurança, gratuitamente, e, principalmente, que você mesmo liberou no aeroporto e ainda "montar" flagrante no meu laboratório, que oferecia aulas gratuitas aos órgãos de Segurança ou, os emprestava as equipes do seu "Staff" para o combate ao crime. Naquele mesmo laboratório que seu "apóstolo" (Marco Antônio Veronezzi), sentava e comia sanduíches frios, e que inúmeros de seus delegados e agentes o frequentavam para se instruírem com matérias de novas tecnologias.

Várias pessoas, inclusive seus amigos, não se conformam até o presente momento, com a sua BUSCA e APREENSÃO, naquele ambiente profissional e honesto e único no Brasil, e a minha prisão, como os criminosos que não "conseguem" prender, ou escapam das custódias federais, e me fecharem nos porões da rua Piauí, e o pior em baixo da sala do seu filho, o delegado ROMEU TUMA JÚNIOR, em cujo casamento, você mesmo me prestigiou pessoalmente com o convite daquela cerimónia das 18:45' do dia 22.09.84, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro!!!

Permitiu, à VERONEZZI armar uma TRAMA e prender o homem que durante a articulação para você subir em Brasília e assumir o cargo de diretor-geral, disse à ele (na sala de sua nova residência): GEORGES, SE APRONTA PORQUE VOCÊ VIRA COMIGO PRA BRASÍLIA. Nega isto Dr. TUMA?

SE MENTIR, MAIS UMA MENTIRA SOFISTICARÁ SEU CURRÍCULO!!! (Veja mentiras de Romeu Tuma no Site: www.sellinas.com.br/Mentindo.htm

Minha vez agora: "DEUS TE PAGUE", Dr. ROMEU TUMA.

Assinado: GEORGES P. SELLINAS